segunda-feira, 13 de junho de 2011

Rio

Longa de Carlos Saldanha, criador de ‘A era do gelo’, estreia dia 8 de abril.
Anne Hathaway, Jesse Eisenberg e outros estão no Rio para lançamento

Depois dos elogios do presidente americano Barack Obama,
chega ao Rio de Janeiro um novo evento para encher
a bola dos cariocas: o lançamento mundial da animação “Rio”
 de Carlos Saldanha, que traz à cidade os atores Anne Hathaway,
Jesse Eisenberg e Jamie Foxx, dubladores do filme, e mais 80 jornalistas estrangeiros.
Mas já bastaria a exibição de “Rio” para encher de orgulho o
 público brasileiro, já que o filme é, do início ao fim, uma homenagem
 à Cidade Maravilhosa, com uma imagem do Brasil feita para gringo ver e se esbaldar.
Feita em 3D, a produção da Blue Sky, criadora do sucesso “A era do gelo”
, chama atenção pela qualidade técnica,
 tanto na reprodução caprichada de paisagens cariocas –
como a Vista Chinesa, o Pão de Açúcar e as praias da Zona Sul –
quanto nos detalhes,
como a movimentação realista dos pelos dos pássaros-personagens.
Retorno às origens
Mas não é pela razão, e sim pelo coração que ‘Rio’ conquista o público.
 É o carisma dos personagens e a animada trilha sonora –
com Will.i.am, do Black Eyed Peas –
que conduzem o espectador pela história de Blu (Eisenberg),
uma arara-azul domesticada que não sabe voar. Ele nasceu no Brasil,
 mas acabou sendo criado por uma simpática nerd
 em uma gélida cidade de Minnesota, nos EUA.
Blu deixa o aconchego de casa para se aventurar
no Rio de Janeiro quando fica sabendo que é o último
 macho de sua espécie e que a última fêmea está
na Cidade Maravilhosa. Entretanto, o encontro com a arara-azul
 fêmea Jewel (Hathaway) não é nada do que Blu imaginava e,
 inicialmente, tudo parece sair errado. Mas, no caminho,
 ele acaba redescobrindo suas raízes e, logo,
se redescobrindo também.
Diretor e protagonista
O protagonista parece refletir a trajetória do próprio Saldanha,
que deixou o Rio há mais de 20 anos para tentar a vida como
 animador nos EUA. Agora, depois de conquistar
Hollywood com a série “A era do gelo”, o diretor retorna às suas
 origens e se rende às belezas de sua terra natal.
Com uma ligação tão forte com o personagem,
o cineasta dá uma alma a Blu: por trás de toda a festa
 que vemos na tela, há melancolia, uma enorme
saudade daquilo que não viveu, daquilo que poderia
 ser e não foi. E é isso que dá dimensão ao personagem
 e faz daquela criaturinha azul tão apaixonante.

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